Acabei neste instante de ler o novo livro de Daniel Oliveira e tenho-vos a dizer que gostei imenso.
A "Camila" do livro anterior "A Persistência da Memória" volta com mais amores e desamores.
Este livro é tal como o anterior repelto de frases bonitas e intensas que nos fazem pensar no sentido da vida, do amor, do ciúme e da saudade.
"Tudo é uma ameaça e só na prisão absoluta do lar, da cama, da intimidade, ele se sente verdadeiramente seguro. Só quando o objecto amado é seu por completo, ele respira com tranquilidade e pode ser o mais ternurento dos amantes."
"Estou aqui e lembro aqueles agradáveis momentos em que quase passávamos mais tempo com os lábios unidos do que de outra forma. Estou mesmo a vê-los passar á minha fente como se fosse uma tela de cinema, do nosso cinema no Salão Lisboa, tudo o que se passou connosco desde o primeiro beijo que te dei furtivamente (lembras-te?) até ao último, furtivo foi também, na véspera da minha partida."
Mas não é só da apresentadora de televisão que o livro trata. O Daniel quis também fazer uma homenagem aos seus avós, escrevendo a história de amor e de vida deles.
Para Daniel não existe história mais bonita que essa, e não existe no mundo um amor tão puro e verdadeiro como aquele que os seus avós viveram.
Sem querer revelar muito sobre o livro para não estragar o factor surpresa, posso dizer que retrata também a "Goa" portuguêsa.
Como já disse anteriormente este livro está repleto de frases bonitas e intensas que ficam no ouvido e no coração. Vou deixar aqui algumas para vos aguçar o apetite.
- Eu serei a que se cala. mas também a mesma que no seu íntimo saberia o que dizer, sou a que se molda ás circunstâncias em função do que é mais importante naquele momento e srei a que os outros querem ver.
- Antes de um sorriso vem sempre uma lembrança.
- Os jogadores absorvem dos apaixonados um amor servil, egoísta e calculista.
- Hipótese é uma coisa que não é, mas que a gente finge que é para ver o que seria se fosse.
- Não é preciso saber do que se tem medo quando se sente medo.
- O ser humano precisa de ter uma causa, não podes ser o efeito de ti próprio, porque desse modo serias anterior a ti mesmo.
- Dizem os crentes aos enlutados que a pessoa só morre quando morre a última pessoa que ouviu falar de quem parte, que a memória da pessoa está viva na nossa cabeça sempre, que o bem que nos fez permanece.
- O conhecimento de ti é o que nos atrai, o que não conhecemos é o que nos arrebata, o que nos prende, o que nos faz querer ter mais.
- A vida tem duas faces, uma romântica e outra real e verdadeira.
- O amor é uma forma de fé, de crer e de querer.
- O ciúme é cego e por ser cego, quer ver mais do que aquilo que vê.
- Os ciumentos são os primeiros a perdoar.
- O vento está para o lume como a ausência para o amor, se é pequeno apaga-se logo, se é grande torna-se maior.
Aconselho-vos vivamente, vão viajar de uma entrevista no Brasil até Goa dos anos 1955. :D
Até á próxima!!
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